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Existe muito para dizer, mas boa parte já foi dito de maneira espetacular.
Reservarei parte dos esforços aqui para divulgar URL´s que considero pertinentes ao tema deste blog.

O link abaixo é de um excelente e-book que li recentemente, com excelentes argumentos para elucidar a astrologia. Suspeito que nenhum de meus leitores irá considerar seu conteúdo pessoalmente útil (não espero que os senhores creiam em tais pseudo-ciências!), mas sim como uma boa fonte para aprimoramento de rgumentação, e para divulgação entre os eventuais interlocutores que teimam em crer nesses absurdos.

Onipotência e Onisciência: um deus absurdo


Problema simples e batido, mas que não custa trazer à pauta: a onipotência e a onisciência são logicamente incompatíveis e anulam-se. Vamos por partes, como supostamente diria Salomão. Primeiro os conceitos:

Onipotência - propriedade que confere a deus poder ilimitado. Deus poderia tudo, a qualquer tempo.

Onisciência - propriedade que ele teria de conhecer de todas as coisas, estejam elas em qualquer tempo (passado, presente futuro).

Agora, as premissas (passo-a-passo, para não confundir nenhum teísta afoito):

1 – Se alguém onisciente conhece um evento futuro esse alguem deve estar necessariamente certo quanto à ocorrência desse evento;
2 – Se alguém onipotente quiser alterar, criar, ou suprimir qualquer evento futuro, isso lhe deve ser obrigatoriamente possível.


Portanto, a incompatibilidade lógica:

Se deus conhece um evento futuro ele deve estar certo quanto a este evento. O evento não pode ser alterado ou suprimido, nem mesmo por ele. Portanto, um deus onisciente não pode ser onipotente. O mesmo argumento, agora invertendo a ordem das propriedades: se deus puder alterar qualquer evento no futuro, então ele não pode estar certo quanto à ocorrência ou não desse evento - e a onisciência vai para o ralo.

Simples assim. Ainda hoje sempre aparece alguém que cita Santo Agostinho, como se sua obra tivesse autoridade sobre qualquer ideologia ateísta. Ele supostamente teria resolvido o enigma lógico, e essa “solução” ecoou por toda a idade média, resumindo-se a afirmar que:

Os homens tem uma percepção diferente da dimensão temporal do que a que deus tem - para ele não há distinção entre passado e futuro. Certa vez ouvi uma metáfora interessante: o tempo, para deus, seria como um rolo de filme cinematográfico aberto – enquanto nós só percebemos a ação linearmente, durante a projeção, deus é capaz de observar a cada frame isoladamente, sem estar hierarquicamente abaixo da dimensão temporal (!).

Ora, esse não é um argumento válido por dois motivos:

1 – Tenta solucionar um problema lógico com uma afirmação pautada única e exclusivamente na fé. Descartado;
2 – Mesmo aceitando-o, o argumento tornaria válidas as propriedades discutidas somente para quem as detém (deus). Ou para um outro eventual observador com as mesmas propriedades (um irmão de deus? Um cunhado?). Qualquer intervenção sua em um mundo temporal anularia a uma ou a outra.


Existem problemas mais elementares com a onisciência -ela não coexiste com o livre-arbítrio. Na verdade ela em sí já é inconsistente: poderia deus criar um lugar para onde ele não possa ir? Ou algo tão pesado que ele não possa carregar? Fica para um outro post.
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Para descontrair:
Em uma discussão sobre o tema no yahoo-respostas uma participante altera o foco da questão - a pergunta na verdade deveria ser:
"quem somos nós para questionar a deus, se não enxergamos um palmo diante do nosso nariz?"
Pelo menos ela tem muita razão ao reconhecer suas capacidades! E em seguida apresenta uma pergunta que pressupostamente colocaria o questionador em seu lugar:
"Pode o vaso perguntar ao oleiro quem ou por quê o criou?".
Outro sujeito argumenta de forma quase alucinógena e encerra concluindo brilhantemente:
"Bom, nossa mente é finita, então é bom não pensar muito pois faz até mal."
Depois dessa, só resta-nos calar...



Ateísmo no youtube

http://www.youtube.com/user/FightBadIdeas?blend=2&ob=1

Existem vários canais dedicados ao tema. Este que destaco acima vem desenvolvendo um excelente trabalho de propagação de idéias ateístas (entre outras) postando vídeos em inglês com a tradução legendada.

Entre eles estão Pat Condell - um comediante inglês e ateísta militante, apresentando monólogos deliciosamente temperados com seu sarcasmo ímpar; The Atheíst Experience – um tv-show produzido pela comunidade ateísta de Austin (vou repetir: Austin, Texas!), onde os apresentadores recebem ligações de simpatizantes e de crentes indignados (criando algumas situações simplesmente hilariantes); Trechos de entrevistas e palestras com Richard Dawkins e até um ótimo sketch humorítico de Rowan Atkinson.

Algumas horas de boa informação (e diversão) são garantidas.
Cuidado: não assista durante o expediente: sério risco de chamar a atenção dos colegas com as gargalhadas!